Vera Jacobina

Nas nossas diferenças, nos encontramos.

Textos

ELE É SÓ UM MENINO
Hoje aconteceu algo inesperado em minha casa. Todos haviam saído e eu estava postando a última poesia "ESSA NÃO" aqui no Recanto, quando por encanto parei, e sair do quarto. Foi quando vi um menino que não conhecia na sala, perguntei-lhe o que fazia ali, o que ele me respondeu de prontidão: vim trazer as compras que sua mãe mandou. Onde estão as compras? eu lhe perguntei, estão lá fora. Para minha surpresa, o portão principal da casa, estava fechado e eu fui desconfiando daquela criança, e as compras onde estão? Estavam aqui. Mas do lado de fora? Então roubaram! ele ainda foi olhar da esquina por sugestão minha,para ver, se alguém estava por ali com as referidas compras.
Para ganhar tempo, fiquei conversando com ele no portão (na esperança que alguém chegasse, porque ao mesmo tempo que desconfiava eu achava, que minha mãe poderia ter realmente mandado aquele menino,  levar as compras em casa, apesar daquele, não ser seu costume, e por tamanha ousadia daquela criança).
Continuei conversando, tentando descobri alguma pista, mas, mesmo que ela tivesse mandado, ele não poderia entrar assim na residência dos outros. A conversa continuou... como você entrou aqui? Eu não ouvi a campainha (e agora me lembro, que ele nada respondeu, meu Deus!). Você conhece minha mãe? Sim, sempre brinco aqui na praça (há uma praça em frente da minha casa), engraçado, estou tão atarefada que não me lembro, como minha mãe estava vestida hoje, imediatamente ele disse: de vestido azul de bolinhas e foi descrevendo inclusive, que ela usava óculos. Ficamos assim conversando um bom tempo, e nada de ninguém. Foi quando ele falou: e agora eu faço o que? Vamos aguardar mais um pouco, porque estou sem dinheiro em casa, para lhe pagar. Vamos esperar minha mãe chegar. Ele na maior calma respondeu: está bem!
O tempo foi passando e nada, foi quando ele disse: vou para a feira depois venho aqui. (É bom que fique claro, que fiquei conversando com ele do lado de fora da casa, e já tinha observado que na praça, estavam o jardineiro e professores com seus alunos brincando no parque).
Minha mãe tinha ido almoçar fora, com minha irmã e os netos, quando retornaram, confirmei o que minha intuição teimava em alertar: não havia compras nenhuma, eu fiquei esse tempo todo com um menino desses...que chamam de pivetes! Que horror!
Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 04/06/2010
Alterado em 04/06/2010


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