Jacobina já se enfeita,
Aguardando a micareta.
Barracas, camarotes...
Linda ornamentação.
É assim essa paixão
Que se instala no coração,
Que traz alegria,
E muita emoção.
O jacobinense,
É assim desse jeito,
Veste sua fantasia,
Não sai de qualquer jeito.
Eta povo animado!
Até quem fica de fora,
E diz não gostar de brincar,
Se embalança e arrisca um passo,
Termina sendo contaminado,
Com a vibração do folião,
Que escolhe seu bloco,
(Cada um traz uma atração),
Mas o que mesmo importa,
É a diversão.
Todos brincam e pulam,
No embalo dos trios,
Que percorre a avenida,
E convida quem quiser,
Para nessa festa,
Se esbaldar,
Aqui, ela é bastante popular
Agrada gregos e troianos,
É democrática...
É pra quem quiser!
João, Maria e Manés.
Acabaram-se os tempos dos clubes,
Quebraram os muros,
As avenidas se enfeitaram,
O povo se uniu, se misturou,
Tudo virou tudo,
A festa cresceu,
Faz parte do calendário,
E ninguém é otário,
Virou atração turística,
Também pudera,
Faz parte de uma história,
(1936)
Que se chamava Micaremme,
E hoje a rua treme,
Ao som dos trios...
Dos artistas de fora,
Também da terra,
Cada um com seu estilo,
Espantam a tristeza,
É só alegria!
Também as bandinhas,
As grande orquestras,
Que tocam animadas,
E fazem a festa.
Agradam os jovens,
Também os idosos,
Que caem no embalo,
E brincam abraçados,
Lembrando antigos carnavais,
Ao som das marchinhas,
Que aqui também se faz!
E assim aguardamos,
Com ansiedade,
Os dias da folia,
Regado a felicidade!