Década de 60 e 70,
Jovens inconformados,
com valores, idéias,
tabus e instituições.

Foram pra rua,
deram lições,
queriam romper com tudo,
era a contestação.

Contestavam o "velho",
a forma de fazer política,
de fazer arte, religião...
Mudaram o mundo!

Não como eles queriam,
mas deixaram sua marcas,
suas digitais.

Mexeram com as estruturas,
também com mentalidades,
queriam ser livres, felizes,
diversificaram e pluralizaram,
as opiniões.

Nada de moda comportada,
sofisticada nem falar.
Nesse cenário de afirmação,
também de contestação,
surgiram novas tendências.

A minissaia, os shortinhos,
os famosos tubinhos,
a calça boca de sino.
Depois? Ah! depois...
começaram a imitar,
os ídolos.

Os terninhos dos Beatles,
os óculos de Jackie Onassis,
os cabelos e os cílios de Twiggy.
Os ternos estilo Mao Tsé-tung,
camisas com Che Guevara...

Surgiu a Pop art!
O movimento artístico,
que contextualizava,
e também contestava
a sociedade de consumo.

No final da década de 60,
De Londres para São Francisco,
Ecoaram as palavra de ordem:
o flower power, o black power,
o gay power e a women's lib.

Início da década de 70,
Novos valores, outro tipo de vida,
uma busca mais espiritualizada,
aproximação com o misticismo.
Surge o movimento hippie!

Passaram a adotar o novo visual,
que não era banal, uma nova mania,
cabelos longos, túnicas batiques,
jeans surrados e enfeitados,
camisetas com símbolos da paz...

Pantalonas, saias longas
bolsas de couro, camurças e crochê,
sapatos plataformas e bijuterias,
eram realmente verdadeiras,
manias.

A produção cultural
extremamente rica e variada,
surgem com as  bandas de rock-and-roll,
e principalmente, eles os Beatles,
transformando em música,
a rebeldia.

Final dos anos 70,
surgiram novos estilos,
surgiram outras manias,
E agora eu questiono:
Houve mudanças?
Os valores triunfaram?
Ou foram negados?



Vera Jacobina