DONA MORTE
Ela chega
Sem ser convidada, Como penetra! Traiçoeira Como ela só, Não nos encara de frente, E a gente, Só sente sua chegada, Quando já estamos indo. Partindo para uma melhor, Ou pior, quem sabe! Nem ao menos, Conhecemos sua cara, Porque são várias. Mas o que fazer, Se é essa a única certeza, Que nós temos? O bom é deixarmos, A mala arrumada, Preparada e recheada, De bons sentimentos, Para encarar a danada, Que chega de repente, Sem ser anunciada, Sem dar o ar da graça. Se é que ela tem! E quando menos se espera, Ela chega, atropelando tudo, Invadindo nossa vida, Nosso mundo! Age assim, Quando não temos Mais força, mais nada! Dona Morte, a senhora, É covarde!
Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 02/11/2010
Alterado em 02/11/2010 |