Naquele dia
A natureza parecia saber
Que algo não ia bem.
De repente começou a trovejar,
Não existia um só lugar,
Onde pudéssemos ficar,
Sem nos molhar.

As árvores  encharcadas,
Curvaram-se pesadas,
Os pássaros se recolheram,
Não se via, nem ouvia
Uma viva alma.
Era dia!

Mas parecia noite,
Daquelas bem escuras,
Sem estrelas, sem lua...
Somente a chuva caía,
Foi uma grande agonia,
A chuva daquele dia.

Meu coração apertado,
Pressentia e sentia ,
Que algo havia,
E assim esperamos,
Que a chuva passasse,
E tudo clareasse.

Quando  de repente,
Como num passe de mágica,
Do jeito que começou,
A chuva parou.
Tudo foi voltando
Ao normal.

Ainda não se ouvia,
A cantoria dos pássaros,
Mesmo porque,
Ainda era dia,
Oh meu Deus!
Onde andariam?

Aos poucos foram chegando,
Fazendo aquele alarido,
Tudo voltou ao normal,
Mais como aquele dia,
Tomara não tenha,
Outro igual.