UM AMOR DE HISTÓRIA DE AMOR (Estou replubicando para uma poetisa ler, e você também, se assim o desejar)
Dizem os mais sábios que “Deus escreve certo por linhas tortas...” sempre soube disso e sempre acreditei e por fim, eu tive tantos anos depois, mais essa prova.
No ano de 1975, eu morava em Salvador e era viajante. Cobria uma grande extensão do estado da Bahia, um pouco de Sergipe e apenas passava por um pedacinho de Alagoas. Eu propagava, chamavam de Divulgador Científico, também vendia e cobrava os medicamentos vendidos de um grande e potente laboratório multinacional. Foi ali na pracinha onde havia uma sorveteria e o Hotel Rio do Ouro, que quase sempre eu me hospedava que conheci uma jovem chamada Vera. A cidade era a encantadora Jacobina que se localiza no piemonte da Chapada Diamantina, incrustada entre serras de pedras, rasgada pelo Rio do Ouro e um clima muito quente no verão e friazinha durante o inverno. Lembro-me como se fosse hoje, aquela moça bonita, de boa altura, corpo magro, mas muito bem feito, tipo modelo-manequim. Eu a vi e me apaixonei, não resisti e a abordei e ela foi receptiva, por educação talvez. Com o passar do tempo todas as vezes que mensalmente voltava àquela cidade a gente se via e era uma festa, uma amizade com sabor de amor enrustido, haja vista nunca ter tido coragem de ir além da amizade. Eu era casado e eu desde o primeiro momento falei do meu estado e por respeito triplo, a minha esposa, a ela e a mim próprio, nunca a cantei. Eu sentia uma febre terçã interna intensa, quando eu a via e percebia que ela também sentia o mesmo. A respiração ficava incômoda parecia recortada, a faltar o ar. Quis até aproximá-la de minha família, mulher e filhos convidando-a a passar uns poucos dias em nossa residência. Quiçá, destarte, com a aproximação, eu pudesse afastar aquele amor secreto e fortuito. Os anos passaram e era normal que nos afastássemos, afinal era um sofrimento para mim e provavelmente para ela, também, deixei de viajar, o que obrigou-nos mesmo a não nos vermos com a mesma frequência. Em 1984, no dia 04 de novembro estive mais uma vez em Jacobina como Diretor Teatral da Turma da Mônica, de Maurício de Souza e eu já estava separado. A Turma da Mônica me valeu conhecer outra Vera, por quem nutri desejos incontroláveis e eu já a vinha "cantando", sem sucesso, porque ela dizia: “você é separado e separado periga voltar”. Caso eu já fosse desquitado – na época o divórcio só podia se consolidar após um bom tempo de separação ou de desquite, possivelmente ela me aceitasse. Na data acima, uma apresentação da Turma da Mônica aconteceu no Estádio Municipal de Jacobina promovida pela Caderneta de Poupança BANEB e ofereceram-nos uma homenagem com coquetel e uma boate para o elenco e os promotores do evento. Senti-me só e pedi à Vera da Turma da Mônica, que fosse comigo até a casa da minha amiga Vera buscá-la para me fazer companhia e eu desejava muito esse reencontro, estava muito a fim de tudo com ela. Esperamos um bom tempo para que a convidada, muito vaidosa, se arrumasse e seguimos para a homenagem. Eu estava livre e poderia ali reascender aquele amor de 9 anos atrás, porém, a outra Vera percebendo que eu estava muito inclinado a namorar com a primeira, tirou-me para dançar e dali em diante não teve pra ninguém, danças, abraços, beijos, levaram-nos a dormir juntos, aquela primeira entre mil e umas, outras noites, mágicas noites de amor. Vieram desta relação 2 filhas e mais uma vez adiamos, sem nos darmos conta disso, o nosso desenlace ao enlace final. De uma relação que não tenho medo de dizer pra não errar, maravilhosa de 23 a 24 anos com a Vera que desposei e formei uma família também fantástica restou o abandono, a injúria e uma inexplicável inimizade e o afastamento total de minhas filhas. E agora, tanto tempo após vim traduzir em Vera, a veracidade que tarda, mas não falha, a verdadeira luz que nunca se apagou nem se apaga. O dom divino, a bênção. E transformo em versos e poesias, as mais que mais que já senti para compor e estamos namorando sem pressa alguma, nem devido ao tempo desencontrado, jamais perdido, porque achado... heureca! ...“namorar é preciso, viver também. Namorar é mais importante que viver, porque viver sem namorar não é viver, é apenas estar sobre-vivo, mas, muito mais, pra sub-morto!” Eis o que transformei derramando-me em inspirações nunca dantes tidas ou sentidas. ESCRITO NAS CONSTELAÇÕES Alguém me tirou de você e teve que devolver! Brinquem com Deus e zombem do destino o que é do homem outra mulher não toma nem da menina, o menino... é meu, tem registro, está escrito! nos livros sagrados, no Alcorão, na Bíblia... Na Enciclopédia, em Os Luzíadas... na pedra Roseta de Champollion no Coliseu, Olimpus, na Baixa do Sapateiro na Colina do Bonfim, na Santa de Serrinha, Igreja das Missões, em Jacobina na Foz do Iguaçu, na Amazônia... pororocas onda azul de Amaralina Torre Eiffel, no Cristo Corcovado Redentor... escrito nas estrelas da Constelação do Amor na poesia de Vinícius e no suigue de Djvan na juba dos caracóis do leãozinho Caetano... em tudo está escrito: em português, inglês, francês, em sânscrito: AMO! AMO! AMO! AMO! AMO VOCÊ. AGORA É PRA VALER! (CORPOS ALINHADOS DESALINHADAMENTE) Quase que ainda não seria desta vez foi preciso esperar quase que um mês, afora os anos contados tais como 33... E de repente ouviu-se o forte brado retumbante... teria sido o grito às margens do Ipiranga? Ou a Marselhesa tão bonita o quão francesa? "Allons enfant de la patrie..." E de repente, não mais que de repente... do inesperado o esperado, pense um clima de temor e de suspense impregnado de amor e muita dança os corpos alinhados desalinhadamente E veio o grito há tanto tempo desejado em meio ao clima intensamente sufocado e o gozo em frenesi frevo rasgado com e sem meio de pensar racionalmente Celebração de uma vida grandiosa uma parada federal de tão gostosa dois em um e um a um, placar do baba de um jogo de amor que não se acaba... CATESPERO Pensando em você, Vereda! Cá te espero como o beija-flor aguarda o próximo néctar da roseira favorita pra sugar sem dar-se conta do quanto que a sua flor pode ofertar. SEU SORRISO ZEN Seu sorriso é festa no meu paraíso Vi que o coração sabia adivinhar quando você chega e me impõe o riso não conto os dias, nem as noites para ter você comigo de mãos dadas. Nada como o sorriso para desarmar alguém... Tudo e todo sorriso pra se amar alguém sorrisos desmedidos e fortes açoites nossas vidas conjugadas integradas no amor do único bem... percebeu a poesia recém-nata inspirada nesse amor de todo zen? UM BASTA À SOLIDÃO! Pudesse estaria aí ou você aqui juntando punhado de cada nosso coração... Amores juvenis plena maturidade Relíquias pueris toda eternidade Traria enfim o céu para azular-te ao léu e roubadas estrelas tapeteando aquarelas e a querê-las pra fazer-te inda assim muito mais belas. Tivesse com o quê faria de ti minha rainha E me poria a suditar-te Porque és tudo o que desejo para reger o meu destino embriagado nos teus beijos e em teu sotaque nordestino a despertar tesão esperto e a transmutar-me num menino! MINHA MÁXIMA VOCÊ! TUDO VIRA VOCÊ, TUDO GIRA EM VOCÊ, PORQUE EU TE AMO... TUDO REPRESENTA VOCÊ E PRESSINTO EM VOCÊ MINHA RAZÃO DE VIVER. MEU PENSAMENTO É VOCÊ VOCÊ QUE ME ALENTA COM SEU CANTAR ACALANTO QUE ME FAZ EXULTAR DE ALEGRIA NA CURA DO MEU PRANTO VOCÊ, SÓ VOCÊ AO MÁXIMO DO TAMANHO DO MEU PENSAMENTO EXULTO TUDO EM VOCÊ VOCÊ, MINHA ORAÇÃO DO PODER VOCÊ, MEU QUERER-BEM-QUERER MINHA MÁXIMA VOCÊ PORQUE EU TE AMO! ME BASTO MUDO... EIS O TUDO. Obrigado, Senhor, por esta Justiça Divina! Serrinha, depois de um fim-de-semana amorandíssimo e namorandíssimo, em Jacobina, 05/05/2009. Antonio Fernando Peltier Publicado no Recanto das Letras em 05/05/2009 Código do texto: T1576276
Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 24/05/2011
Alterado em 24/05/2011 |