Vera Jacobina

Nas nossas diferenças, nos encontramos.

Textos

VOU CHAMÁ-LA DE DONA FEIA...
Dona feia
É uma figura,
Que ninguém atura,
Quanto não está zangada,
Ela é toda agrura.

Cascavel perde pra ela,
Morde e mostra a "guela",
De tanto morder,
Está ficando banguela.

O que será dela
Com um dente só?
Pois se já é feia,
Está ficando pior!

Gosta de morder,
Vive na espreita,
Ataca a qualquer hora,
A ninguém, ela respeita.

É um horror!
Por onde passa,
Deixa rastro,
Distribui terror.

Maltrata todo mundo,
É rancorosa, invejosa...
Tem mania de perseguição,
Vive de superstição.

Sem amor no coração,
Acredita nisso e naquilo,
Faz da vida um suplício,
Não tem, nem dá paz!

Incomoda todo mundo,
Torna-se cobra num segundo,
Muito traiçoeira,
Não é de brincadeira.

Não se importa com ninguém,
Faz o mal, sem olhar a quem,
Ela, dona Feia, não tem nada de sereia,
Realmente, é uma coisa feia!

Sem beleza por fora,
Também sem beleza por dentro,
Gulosa como ela só,
Adora comer jiló.

Vou mais é me preparar,
E seguir o que ensinaram:
Pegar uma cabeça de alho,
Misturar com cascalho...

Acrescentar outras ervas,
Fazer uma conserva,
Pra aguardar Dona Feia,
Que vem em forma de sereia...

Pra depois se transformar,
Nesse bicho bem feio,
Que ataca a qualquer hora,
E demora a ir embora.

Dona Feia não existe,
Dizem muitos por aí,
E se eu lhes disser, que ela existe,
Que está aí, aqui, alhures?

Então, só vocês vendo!




Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 13/06/2011
Alterado em 16/06/2011


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