NÃO SÓ ME VENHA, MAS, ME TENHA!
Não me venha Como não quer nada, Com respostas civilizadas Com frases prontas... Não me venha, Fazendo de conta, Como quem apronta, Pra ficar numa boa. Não me venha, Dizer que me ama, e ainda assim me engana, Para depois voltar atrás. Não me venha chovendo, Assim, sem chover, só garoa Pensando que entoa Canções de amanhecer... Nossas noites de ontem, Precisam que contem As histórias de hoje Inaugurando o amanhã... Senão, nosso amor se encolhe, Se esconde trás dos montes Veste a capa da noite E se protege do açoite... Não me venha então Como um cão carinhoso A lamber-me o pescoço, Impondo arrepios e emoção! Quero a ti, nua em pelo, Desnudada em teus zelos Embrulhada em novelo Aos meus braços, desvelo... Aí, quero então que me venha Pra eu subir lá na Penha A cumprir a promessa Que fiz com tal pressa Para tê-la de volta Desgrudar solidão Desse amor que se solta Preso ao meu coração. Interação com minha “namoreta”, “namoretisa”, Vera Poeta, Vereda Poetisa! Antonio Fernando Peltier Publicado no Recanto das Letras em 09/07/2011 Código do texto: T3084740 Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 09/07/2011
Alterado em 15/07/2011 |