A DISCUSSÃO DA BICHARADA
A tartaruga e a pulga Começaram a brigar, Discutiam daqui. Discutiam dali... Ninguém sabia De quem era a culpa. Uma acusava a outra... De quem era a razão? Que mistério envolvia, Aquela discussão? Nem ouviam direito, O que elas diziam, Era um histerismo só! Até que o coelho se meteu, E disse alto, e em bom tom: Calem a boca, falem baixo, Tenham educação. Dona Pulga, assuma sua culpa, Dona Tartaruga, A senhora só tem duas rugas. Pronto, disse! Essas duas brigavam, Por causa dos pés de galinhas, Por causa dos meus pés? Perguntou a galinha... Nããããããããããããããããão Por conta de umas preguinhas, Chamadas pés de galinhas, Das quais as mulheres Correm as léguas, Usam cremes pra dedéu É um Deus nos acuda, Lá elas, É um Deus no céu, E no inferno um escarcéu Creu! Para esconderem, E tapearem, os tais pés de galinhas. Qui babado! Disse a cegonha, Que não tinha vergonha, Dos pés de galinhas Ou dos pés de cegonhas! A pata que era uma chata, Perguntou: Por que não fazem uma plástica? Chamem Dr. Pitanga e pronto. Ele é bacana, vejam nossa patroa, Tem uma cara, que mais parece uma broa, E dona fulana, dona sicrana... Deixem de bate-boca e ação! Eu prefiro ser como sou, Do jeitinho que nasci, Linda, charmosa, Bela como uma rosa. Bisturi? Longe de mim! Beleza deve vir de dentro, Ter movimento, ação, atitude... Por fora é coisa pouca, Uma ultrapassa a outra, E vence qualquer parada, Eu sou linda, uma pata! E nada tenho de chata! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 16/07/2011
Alterado em 16/07/2011 |