NOSSA PROFESSORA INVISÍVEL
Que saudade, Da boa infância Cheia de sonhos, De aventuras, De amizades sinceras, Também das brincadeiras Entre elas de fazer a professora... De um cabo de vassoura, E brincávamos de aprender Também de ensinar. Ela ficava lá, muda! Era assim que a queríamos: Que não desse um piu, Porque a de verdade, Não brincava só brigava, Era uma chata! Uma professora cabo de vassoura! Que odiava nossas travessuras, A outra não, Ficava lá, paradinha. Sem dar uma palhinha, Tão quietinha, Que a chamávamos para brincar, E ela contente vinha, sem reclamar. Adorávamos! Ela brincava e ensinava, E assim aprendíamos mais, Sem castigo e palmatória, Nos contava histórias, Nos ensinava a somar, A diminuir, também a não mentir. E assim todo dia, Sem que a outra soubesse, Ela nos ensinava a lição, Dava opinião, conselhos, Sem precisar nos gritar. Nos tratava com carinho, E a hora mais bacana, Era quando no recreio, Vinha também brincar. E por que será, Que só nós a víamos, Sem ninguém notar! Cresci e virei uma professora. Ensino história em uma escola pública e sempre me lembro da minha infância. Lá procuro trabalhar artes como o teatro, sem fugir dos assuntos de história. Tem dado certo, eles adoram. Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 15/10/2011
Alterado em 15/10/2011 |