A CONFUSÃO DAS ESTAÇÕES
A bruma nas serras, denuncia que o dia será quente. Cobrindo toda a vegetação, também ladeia a estrada levando-me ao colégio, onde leciono, percorrendo assim, quilômetros. Um friozinho gostoso, arrepia a nossa pele, nos levando a usar roupas mais quentes, como se estivéssemos no inverno. Mas é primavera, e eu deveras, penso: O tempo mudou! As estações se mobilizam... Uma faz o papel da outra. É uma trapalhada! Só não quero deixar de sentir e vê, o desabrochar das flores, o calor do verão, o frio, e saborear os frutos que aparecem no outono. Se eu sinto, imaginem a vegetação, que irmanadas, fazem parte da natureza, o que é uma dureza, pra se manterem em pé. Olhem o facão! Lá vem o homem... Cortando aqui, Cortando acolá... Patrocinando o medo, mudando as paisagens, modificando o clima, fazendo queimadas... Não estão com nada! Oh, dó! Vamos cuidar, para um dia não falarmos assim: cadê a madeira, folhas para os chás, flores para enfeitar, o inverno pra chegar, e o verão para esquentar? Cadê? Vamos nos conscientizar e melhorar, para o mundo mudar. Mudar para melhor! Enquanto escrevo, o tempo está mudando, mas ao contrário, do que sempre foi, quando a bruma anunciava um dia quente, está esfriando. Viva a natureza, essa beleza, que está a denunciar essa agressão, nos dando pistas, de que algo não vai bem, e a tendência é piorar. Ou paramos, ou a coisa vai crescer. Crescer de tal forma, que nenhum ser, vai querer nascer. Nascer para sofrer! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 22/10/2011
Alterado em 22/10/2011 |