MANÉ GOSTOSO... O PERIGOSO!
É preciso ter cuidado Quando for se declarar, Porque um fora bem dado, Pra sempre pode marcar. O cabra cai no ridículo, Vira chacota, um idiota... E de quebra sai perdendo A sua dignidade. Foi o que aconteceu Com o tal Mané gostoso. Achou de declarar O que muito, tinha para guardar. Escolheu a beca mais bonita, E todo compenetrado, Ia pela rua a ensaiar O que iria falar. Saiu de lá a cantarolar. Não deixava a moça em paz. Até que um dia, Deu de cara com um rapaz. Que não era nada de paz... E foi logo perguntando: Vovô, o senhor tem desconfiômetro? Oh Deus, que decepção! Aquele lindo rapagão De corpo esbelto e malhado, Nada tinha para esconder. Da moça, era o namorado. O pobre coitado, Que se achava o tal, Saiu dali descabriado... De cabo baixo. Pelo fato da moça tratá-lo bem, Ele foi logo se achegando, Vivia lendo, a decorar, O que um dia iria falar. E com uma lábia daquelas, Um dia criou coragem, E começou a cortejá-la. Ela só sorria. Encheu a bola do besta Que vivia todo inchado. Não cabia em si... Qualquer hora iria explodir. Isso é para aprender, Dizia sua vizinha Dona Mariazinha, Que a uma altura dessas, Já fazia uma fofoquinha. Que rodou a vizinhança, Caindo na boca do povo: Se deu muito mal, Levou uma piza, E foi se esconder no quintal. Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 15/02/2012
Alterado em 15/02/2012 |