DORES D'ALMA
Feito uma estátua, Ela fitava o horizonte Perdida em seus pensamentos. A dor era tamanha, Que vinha estampada Naquele rosto pálido. Algo lhe atormentava, Ultrapassando o físico, Indo até sua alma. Andava pelos cantos, Sempre arredia, Na maior agonia. Todos os dias Olhava triste pro mar Como a esperar... Esperava por alguém, Que um dia, Prometeu voltar. Alguém que demorava, Que não retornava E ela aguardava. Aquela figura Já fazia parte do lugar, Ninguém mais se importava. Um dia demorou Encontraram-na caída, gelada, morta! Agora nada mais importava. Oh se tivesse esperado Mais um pouco... Um barco atracara! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 07/03/2012
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