ACABOU O SOSSEGO!
Com a chave na fechadura uma volta e pronto: a porta escancara seu mundo, lá, ele é o senhor, lá, ele sente-se seguro. O cachorrinho vem ao seu encontro abanando o rabo. É um amigo fiel, que nada tem de cruel. Parece querer conversar, saber do seu dia: se foi cansativo, de tristeza, ou de alegria. Cansado, senta-se e relaxa na cadeira de balanço, onde a seus pés, o cachorrinho encolhido, está a observá-lo com o olhar pidão. Tudo parece tranquilo, quando batem a porta e ele vai atender. Quem poderia ser? Ele abre e fica estupefato! Acabou o sossego, De mala e cuia, parado na soleira da porta, estavam seu filho e sua nora e de quebra, a mala sem alça... Que dilema! Parecia cena de cinema, seu filho, nora e sogra, que juntos prometiam tirar sua alegria. Era sempre assim, ninguém se entendia, por isso vivia assim, escrevendo poesias, num sossego só! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 03/06/2012
Alterado em 03/06/2012 |