Vera Jacobina

Nas nossas diferenças, nos encontramos.

Textos


MEU DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS DE JACOBINA-BA.

Ilustríssimo Senhor Presidente e demais pares desta Academia Jacobinense de Letras. Senhoras e senhores aqui presentes, queridos amigos...

Começo a minha fala procurando por aquele que já não está mais aqui conosco e se estivesse teria todo orgulho desta filha. Mas, sua cara metade ali está: minha mãe. Então, a saúdo e através dela, o homenageio e presto os meus agradecimentos aos dois e isso é tão justo, haja vista que, ambos foram o lastro e o porto seguro dessa minha caminhada até aqui, pois sem eles, o meu alicerce de formação moral e cultural jamais ocorreria, conforme costumo dizer:
Eu não seria quem sou, nesses valores tão bem consolidados e demarcados, e creio que, tudo isso se fez e se faz por herança genética.

Evoé, Damião & Terezinha!

Para não me alongar no discurso, eximirei o decorrer de minha formação pelo conhecimento público dos meus conterrâneos jacobinenses, evitando também, o discorrer de tantos e tantas, aqueles que de alguma forma colaboraram decisivamente nessa minha formação. Mas, não posso deixar de citar alguns pelas suas presenças próximas e diuturnas.

O meu sobrinho, João Victor, tão popular pela sua simpatia empática, quando cumprimenta com o seu sorriso aos que por ele cruzam nas ruas e sua educação que determina o sentimento de amor verdadeiro incondicional a toda criatura.

Aquele com o qual faço parceria de sensibilidades culturais, artísticas e afetivas, numa relação de amizade e amor. Ele, Fernando Peltier, homem de teatro letrado e sensível.

O incentivo sempre, e, os compartilhamentos, conquanto a amizade de vizinha e de indicadora de leituras e aconselhamentos culturais, a Professora Doracy Lemos.

Ao ilustre Professor Edmundo Isidoro dos Santos, Digníssimo Presidente desta Academia, pelo acolhimento.

Aos demais, a partir deste momento, meus confrades desta egrégia casa.

À medida que o tempo passa os meus sonhos vão paulatina e efetivamente se realizando. Pena que no Brasil, Bahia e nordeste, as dificuldades que o literato encontra para se realizar como escritor, com suas obras publicadas são obstáculos muitas vezes, intransponíveis. Mas é preciso nunca desistir dos sonhos e só a esse é dado conquistar o seu espaço. Assim faço eu que jamais desisti de persegui-los, os sonhos, por isso, aqui cheguei. Com base neles pretendo me inaugurar como escritora, para desenvolver minhas obras, através dos livros que pretendo publicar, repartindo essa emoção com os meus queridos companheiros da nossa Academia Jacobinense de Letras e com vocês.
No saber de cada cidadão, os direitos e deveres. Assim, considerem-me ciente, sobretudo, dos deveres para com esta casa, no sentido de honrá-la e lutar pelo seu desenvolvimento, na disseminação da cultura, no culto democrático ao hábito da leitura, acima de tudo, a criança, o jovem e os carentes de modo geral, haja vista, a citação que diz: “Cego é quem enxerga e não lê”.

A leitura faz a dimensão da consciência, na conquista da acessibilidade, e, enfim, do crescimento do ser, dutos da cidadania nas mudanças em prol de melhores dias. E, se é pela Educação que tudo isso se conquista, ambas, educação e literatura formam a dupla imbatível desses intentos.

A todos esses, a tudo isso, o meu agradecimento.

A Jacobina, no ensejo de seu aniversário hoje, ela que me fez, me viu e sempre me acompanha, toda a minha gratidão e a certeza de um grande e mútuo amor.
Concluo estes meus dizeres com uma poesia de minha autoria em parceria com Fernando Peltier.

M
EU PENSAR JACOBINA...

Pensar bonito
é pensar Jacobina!

É um verde musgo
misturado ao verde claro,
É um azul anil
combinando com azul raro
e é claro,
que tudo é uma mistura combinada.

As serras imponentes,
deixam nostalgia na gente!...
Essa gente cheia de “manha”,
como o carinho da mãezinha
que de manhãzinha amanhece
nas serras cheias de brumas,
a colher toda espuma,
pro nosso banho matinal.

Para mais tarde
a bruma se dissipar
e o sol esquentar
deixando o dia dourado,
com o céu azulado,
a nos fazer levitar.

Jacobina é sempre assim,
vai acordando de mansinho,
despertando com o carinho
do seu povo acolhedor,
que lhe admira e ama
com o maior do pleno amor.

Jacobina não é tão somente fama!






 

Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 29/07/2012
Alterado em 22/10/2022


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras