A BORBOLETA VAIDOSA
Vestiu-se de azul E surgiu bela Com as asas brilhantes Enfeitando a natureza Com sua beleza. Assim era a borboleta Azulada e rara, Que chamava atenção De todos naquele jardim, Deixando o jasmim Assim, assim... No meio das hortências De um azul anil, Ela se escondia E lá ficava sem ser notada, Misturava-se ao azul. Todos os dias ela surgia, Exuberante e bastante brilhante, Encantando as flores daquele lugar. Tanto o cravo, como o girassol, Nutriam por ela um grande amor. Mas a borboleta muito vaidosa, Fazia-se de dengosa, E só se importava Com a vaidade, O que não lhe trazia felicidade. Logo pela manhã, Ia admirar-se nas águas E não percebia o que acontecia Ao seu redor, Estava ficando só! Para ela o que mais importava Era continuar sempre linda E esquecia que a felicidade Estava bem pertinho Ali, naquele jardim. Num dia de sol Quando todos alegres brincavam, Ela quebrou uma asa E como estava bem longe Dos outros, demorou a ser encontrada. Quando isso aconteceu, Ela percebeu o valor que tem o amor, Porque a joaninha, o caracol, a cigarra... Com a maior garra a socorreram E cuidaram dela com o maior zelo. Sua asa ficou boa Mas meio tortinha e desbotada, Em compensação, Ela agora ouvia o coração, E tratava a todos com atenção. Adquiriu outra beleza Aquela que vem de dentro O que a deixou mais simpática, Amável, alegre... Simplesmente, bela! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 01/08/2012
Alterado em 03/08/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |