Vera Jacobina

Nas nossas diferenças, nos encontramos.

Textos


Todo ano a menina Andressa e seus primos iam passar férias na fazenda dos avós que ficava perto de um lindo bosque. A meninada adorava e se aventuravam bosque adentro em busca de aventuras, que sempre lhes rendiam arranhões e machucados. Numa dessas aventuras, Andressa se distanciou e acabou se perdendo da turma. Já estava anoitecendo e nada da prima. Eles procuraram, procuraram e como não a encontraram, resolveram voltar e pedir ajuda aos adultos que muito se preocuparam. Andressa por sua vez, encontrava-se numa enrascada, quanto mais andava mais se perdia, parecia estar andando em círculo porque sempre terminava no mesmo lugar. Cansada, resolveu descansar embaixo de uma enorme árvore e ali mesmo adormeceu. De repente se viu atravessando uma cerca viva, onde deparou-se com um mundo deslumbrante, onde animais jamais vistos, andavam pra lá e pra cá, duendes ali também habitavam e o mais interessante, que a deixou boquiaberta: todos falavam, até os animais. De repente se viu cercada por eles que a olhavam curiosos, como se o diferente ali, fosse ela. Na porta de uma árvore... Isso mesmo aquela enorme árvore era um lar, estava alguém sisudo, gorducho e pequenino, mas todos o obedeciam. Era o líder aí, um duende. Ela foi convidada a entrar e lá dentro viu toda a arrumação e limpeza, o que mostrava a organização do lugar. Tomou chá com a família e com alguns que pareciam preocupados com sua estada ali. O receio foi explicado quando disseram que queriam fazer um pacto: ela não poderia contar para ninguém daquele lugar, porque senão a paz acabaria. Ela disse que sim, que seria o segredo entre eles. Chegou a hora das apresentações. Cecília a fadinha pequenina e de asas, linda! Os pássaros cor-de-rosa, a abelha zuzu, a libélula Maris, o louva Deus que rezava bastante por aquela população de bichos que parecia só existir no imaginário das pessoas e que ela no entanto estava ali deslumbrada com tanta beleza. De repente um ruído e um alvoroço, todos corriam para se esconder e assim ela viu, que até ali também tinha gente ruim, a bruxa má surgiu se amostrando em sua vassoura, pensem num bicho feio! Mas não se amedrontou e a encarou: ela desceu e apontando aquele dedo enorme e torto com a unha suja em sua direção e perguntou: quem é você e o que faz aqui? Não é de sua conta, ela respondeu. Então a toda feia disse: vou te jogar um feitiço, que será difícil tu se livrar, e assim foi. Ela adormeceu profundamente, ninguém conseguiu acordá-la. Até que um dia, um dos passarinhos rosa, deixou cair do bico uma plantinha que molhada de orvalho caiu sobre Andressa, que de repente despertou. Ela nada entendeu de imediato, mas percebeu ao seu redor, o avô, o vaqueiro e outros empregados da fazenda que estavam a sua procura. Olhou para um lado, olhou para o outro e nada daqueles que lembrasse aquele mundo encantado. De repente viu entre as folhas, a fadinha que lhe acenava e com sua varinha desaparecia.
Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 30/09/2012
Alterado em 30/09/2012


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