Borboletas de todas as cores formavam um colorido jamais visto. Era assim naquele bosque, onde elas viviam. Um lugar de difícil acesso, muitas pedras no caminho dificultava chegar até lá. Mas como era de se esperar, sempre tem alguém que termina conseguindo e com Richard, não foi diferente... Ele enfrentou sol, chuva, subidas e descidas, joelhos machucados, cansaço e outros problemas que fariam qualquer um desistir, mas ele não! Estava acostumado a enfrentar as dificuldades em prol do que queria. Ao tentar subir numa grande pedra, caiu e ficou desacordado.Ao despertar, viu tudo escuro, por isso teve certeza que era noite. Ainda zonzo, tentou levantar-se, mas percebeu que não conseguiria tão facilmente, estava com a perna bastante machucada e para sua surpresa envolta em folhas como se alguém tivesse cuidado dele.Foi isso que aconteceu, porque de repente, um clarão se acendeu e ele viu o que todos duvidariam: borboletas de todas as cores e brilhantes, voavam de lá pra cá... Que espetáculo! Pousada numa cadeira, aquela que parecia a maior autoridade, brilhava tanto que lhe ofuscava, era a rainha do lugar. Olhou em sua direção, fez um barulho esquisito e imediatamente Richard se viu rodeado por várias delas. Ele entendeu, queriam ajudá-lo a levantar-se e levá-lo até ela. E assim aconteceu. Quanto mais se aproximava mais encantado ficava. Aquele ser, não parecia ser desse mundo, devido a tanta luz que dela irradiava. Ele se aproximou e entendeu o que ela queria: que os humanos cuidassem mais do meio ambiente, deixando os animais viverem tranquilamente, sem derrubadas das árvores, enfim, que vivessem em harmonia e que todos se respeitassem. Ele boquiaberto só conseguia balbuciar e embalançar a cabeça para dizer que sim. Depois desse encontro, foi servido em uma folha, um balsamo que parecia um gel, muito gostoso. Depois adormeceu e quando acordou, estava exatamente no lugar onde caiu. Confuso, reparou que o grupo de busca estava ao seu redor e quando olhou para sua perna, nada encontrou que denunciasse o machucado que havia sofrido. Levaram-no para casa e ele prometeu a si mesmo, outro dia voltar. Foi o que ele fez. Mas nunca encontrou nada que provasse o que ele viveu.
Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 06/10/2012
Alterado em 04/09/2020 |