A RUA DOS BICHOS...
Numa rua muito engraçada, vive em cada casa, um bicho de estimação. Dona Maria tem um cão que se chama Simão. Do outro lado, Dona Marthinha sua vizinha, tem uma gatinha, que leva o nome de Leninha. É tão meiga a bichinha, que, quando mia, sai uma melodia que a todos encanta. Aí ela se amostra, arregaça a garganta e canta. O papagaio de soslaio, fica a observar todo o movimento. Adora um mexerico, chama-se Frederico. De vez em quando apronta, e fica de castigo. Não demora muito e um dia aparece por lá, um bicho, que veio para mudar a paz do lugar: é Homero, um ganso todo elegante, também muito galante, e danado de falante. Foi a conta, para deixar a bicharada enciumada. Porque a menina galinha, que pertence a Dona Zezinha, junto com suas vizinhas, ficaram alvoraçadas. Afinal de contas, era raro aparecer por ali, um ser que mais parecia um príncipe. E foi assim que o mapa astral dos outros bichos, se desorganizou e virou um pandemônio, tamanho era o sucesso daquele que consideravam um demônio. Era preciso fazer algo. Mas o que? Foi quando, o danado do papagaio disse: eu já vi esse cara em algum lugar. Mas onde? Hei de lembrar! Um dia o Bem-te-vi, enjoado com aquele antipático, lembrou para o papagaio o que um dia, viram na TV: aquele ganso todo manso, era um cara procurado. Tinham visto seu retrato, era ele mesmo. Diziam que o danado, era noivo num cercado, duma fazenda, lá do outro lado. De casamento marcado, tinha deixado Dona Pata, que se chamava Mafalda, toda enamorada, e simplesmente sumiu. Foi quando um dia ouviu, que naquela rua morava, uma linda gata. O papagaio e o bem-te-vi, uma atitude tomaram: mas já era tarde, Frederico já tinha conseguido, levar a gata no papo. Mas como eram astuciosos bolaram um plano... Que haveria de dar certo. No dia do casamento, sequestraram a gatinha, e chamaram Mafalda, que de noiva se vestiu. Na cabeça usava um véu que seu rosto cobria. Frederico nada percebeu, e entrou todo garboso igreja adentro, pelo tapete vermelho. Tudo estava combinado, entre o padre e convidados, era chegada a hora de finalmente casá-lo. E assim de repente, ele ouviu o padre perguntar: Sr. Frederico, aceita a Sra. Mafalda como sua mulher?... Ele quase tem um troço, mas não podia correr se não quisesse morrer. O jeito foi beijar agora a sua mulher! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 22/10/2012
Alterado em 22/10/2012 |