O FORRÓ DOS BICHOS
As festas juninas se aproximam, e na floresta, é um movimento só! A coruja marca a quadrilha, os noivos ensaiam o sim, as costureiras fazem e desfazem, noite e dia, dia e noite. Dona Garça alinhava, a pata se incumbia das medidas, enquanto o papagaio, se responsabilizava pelas fitas. Já o tucano entrou pelo cano, comprou os chapéus trocados... Lá foi o Sr. Pavão acalmar os ânimos, e resolver a situação, que de antemão, gerou uma confusão, e deixou muitos na mão. Tudo se resolveu, e os bichos voltaram a trabalhar, remendaram calças, e colocaram nas roupas: bicos, fitas, rendas e alças, não houve trapaça. Até o espantalho, ganhou roupa nova, uma camisa quadriculada, uma calça jeans desbotada, toda remendada, saindo de todo canto, muita palha. O ensaio ia de vento em popa, quando o sanfoneiro resolveu aprontar: comeu mais da conta, bebeu muita pinga, foi pro hospital e caiu na seringa. Voltou dias depois, amarelo como ele só. Precisou curtir um sol, depois voltou a tocar animadamente, deixando todos alegres e dançando alegremente. Chega o grande dia, no salão, bandeirolas coloridas, lá fora a fogueira trepidava, na mesa, muita comida e bebidas E o Arrasta pé se iniciou levando todos a dançarem com alegria. Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 31/05/2013
Alterado em 31/05/2013 |