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 UMA LUA ENLUARADA
Do quintal da minha casa, vi uma lua enluarada. Estava tão bonita que a mim encantava. Lembrei do meu amor que estava tão distante, e por alguns instantes, eu daqui o desejava. Fiquei absorta, e veio-me a lembrança, uma cantiga, que minha mãe cantava nas noites em que a lua simplesmente se apresentava: "Bença" mãe lua, me dê pão com farinha para dar a meus pintinhos, que estão presos, na cozinha". Era bem assim: No fogão a lenha, o fogo trepidava, na panela, a sopa quentinha, lá fora, minha mãe cantava, e nós pequeninos, boquiabertos a contemplava. Meu pai por sua vez, ficava de olho em tudo, principalmente na panela que não podia depender nem da gente, nem dela. Hoje, quando a lua surge bela, eu viajo até minha infância, e de lá adquiro força, amor e muita esperança, para continuar admirando a lua enluarada. Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 19/10/2013
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Tela de Claude Monet