NO LEITO DA MORTE
Em seu leito de morte, ela tinha tanta pressa e medo, que implorava pela presença daquela que outrora, fora sua amiga inseparável, e por um grave motivo, se distanciaram. Ninguém sabia do ocorrido, somente elas. Mas a surpresa estava por vir, quando a amiga finalmente chegou, ela pediu que as deixassem a sós. E assim o fizeram: se afastaram. A enferma então, começou a falar, sendo ouvida atentamente pela outra, sua antiga amiga: Minha cara, você não sabe exatamente porque nos distanciamos... Só sente, e esse sentimento, tem razão de ser. Se você se afastou de mim por ciúmes, pasme: Eu não só te trair nos negócios, como ganhei a admiração... Daquele que você perdidamente ama. Então há muitos anos atrás, decidimos nos amar sem que, pra isso, precisássemos te magoar, nos amamos até hoje, em segredo. Mas ele é, e sempre será meu, para além da eternidade. Não te peço perdão, porque a vida também, me pregou esta peça, mas digo-lhe, que tivemos o cuidado, de nunca te magoar. Ninguém precisará saber disso, a não ser, que esta seja a sua vontade, mas lembre-se, pra que guardar rancor e se separar? Não vale a pena! Afinal, ninguém saberá disso, só eu, você e ele. Simplesmente pronomes, perdidos numa gramática, que só a matemática explica, cuja quantidade resulta em NÓS! Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 06/04/2014
Alterado em 06/04/2014 |