OS NOSSOS RIOS PEDEM SOCORRO
Sinto uma tristeza insana
ao contemplar nossos rios
que num esforço tremendo,
insistem a escorrer.
Em seu leitos
já sem espaço,
observo e traço,
o que vai acontecer.
Não é de hoje
que pedem socorro,
só não percebe quem não quer.
A beleza se desfez!
Já não és como antes
querido Rio do Ouro,
com tuas águas cristalinas
que escorriam transparentes.
Mas perdeu força e vigor
Não possui mas a beleza,
que um dia nos conquistou..
Eis a saudade
que guardamos
do Itapicuro e Rio do Ouro,
Que nus e crus...
Atiçãm nossas mágoas,
nos despertando a cantar,
a beleza que outrora,
sorrateiramente, nos roubaram.
O tempo não perdoa
e nos faz lembrar,
da beleza das tuas águas
tão límpidas e serenas.
Que de um lado a outro,
nos brindavam com a beleza,
que também tinham suas margens
repletas de primavera.
O tal progresso imperou,
e o que nos resta
são lembranças a cantar,
o que simplesmente restou.